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Cerca de 200 prisioneiros franceses participam da primeira Volta da França penal a ser realizada no país. Os participantes cumprem penas entre cinco e dez anos de prisão. Claudia Cardamone comenta.

  • Data :05 Aug, 2009
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Prisioneiros de bicicleta largam em versão penal de Volta da França

Cerca de 200 prisioneiros franceses participam, a partir desta quinta-feira, da primeira Volta da França penal a ser realizada no país.

Os 194 detentos, acompanhados por 124 guardas e instrutores de esporte, vão partir de Lille, no norte do país, e pedalar por cerca de 2.400 km até chegar a Paris.

Ao longo do caminho, os prisioneiros vão parar para dormir em 17 cidades - todas elas com uma prisão.

Eles vão ter que pedalar em um único grupo, não vão ser classificados por colocação diária e, por razões óbvias, nenhum ciclista será autorizado a correr sozinho.

As autoridades penitenciárias esperam que a “corrida” ajude os detentos a aprender valores como trabalho em equipe e auto-estima.

Todos os participantes cumprem penas entre cinco e dez anos de prisão.

“É uma espécie de fuga para a gente, uma chance de escapar da realidade diária da prisão”, disse um prisioneiro identificado como Daniel no lançamento do projeto, no mês passado.

“Se nos comportarmos bem, poderemos sair da prisão mais cedo, em condicional”, disse ele.

Notícia publicada na BBC Brasil , em 4 de junho de 2009.

Claudia Cardamone comenta*

“874. Se a justiça é uma lei natural, como se explica que os homens a entendam de maneiras tão diferentes, que um considere justo o que a outro parece injusto?

  • É que em geral se misturam paixões ao julgamento, alterando esse sentimento, como acontece com a maioria dos outros sentimentos naturais, e fazendo ver as coisas sob um falso ponto de vista.” (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.)

O que esta questão tem a ver com a notícia? Se perguntarmos a opinião das pessoas, um grande número se dirá indignada com isto, pois como um presidiário pode fazer algo que ele, sendo um bom cidadão, não pode? Infelizmente, alguns ainda pensam: “Ele é bandido, ele é mal e isto não pode ser mudado.”

Mas a prisão tem como objetivo maior recuperar e reeducar o indivíduo que cometeu um delito. São eles, muitas vezes, os que mais precisam de ajuda, apoio, amparo e valorização. Nós precisamos parar de achar que o indivíduo malvado deve sofrer, porque isto é exatamente o que explicam os espíritos: é misturar paixão ao julgamento.

  • Claudia Cardamone nasceu em 31 de outubro de 1969, na cidade de São Paulo/SP. Formada em Psicologia, no ano de 1996, pelas FMU em São Paulo. Reside atualmente em Santa Catarina, onde trabalha como artesã. É espírita e trabalhadora da Associação Espírita Seareiros do Bem, em Palhoça/SC.