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Usando um scanner, eles afirmaram que foram capazes de dizer onde voluntários estavam localizados dentro de um ambiente de realidade virtual gerado por computador. José Antonio M. Pereira comenta.

  • Data :06/04/2009
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Pesquisadores anunciam avanço em direção a ‘leitura da mente’

BEN HIRSCHLER - REUTERS

LONDRES - Cientistas mostraram pela primeira vez que talvez seja possível “ler” a mente de uma pessoa apenas observando a sua atividade cerebral.

Usando um scanner moderno para medir o fluxo sanguíneo, pesquisadores britânicos afirmaram na quinta-feira que foram capazes de dizer onde voluntários estavam localizados dentro de um ambiente de realidade virtual gerado por computador.

“De forma surpreendente, apenas de olhar os dados do cérebro podíamos predizer onde exatamente eles estavam”, disse Eleanor Maguire, do Wellcome Trust Centre for Neuroimaging, da University College London, a repórteres.

“Em outras palavras, nós pudemos ‘ler’ a memória espacial deles.”

A descoberta abre a possibilidade de desenvolver máquinas para ler uma série de memórias, embora Maguire tenha dito que o risco de uma leitura da mente “intrusa” ainda está distante.

Por outro lado, ela acredita que a descoberta, relatada na revista Cell Biology, ajudará os estudos sobre transtornos da memória, como Alzheimer, ao lançar luz sobre como a região cerebral do hipocampo registra as memórias.

Maguire e colegas usaram a tecnologia conhecida como imageamento por ressonância magnética funcional, ou fMRI (na sigla em inglês), e ilumina as regiões do cérebro quando elas são ativadas.

Ao escanear o cérebro de pessoas enquanto elas jogavam no computador um jogo de realidade virtual, eles foram capazes de medir a atividade de determinados neurônios no hipocampo, região conhecida por ser essencial para a memória e a navegação espacial.

A pesquisa abre caminho para a análise de como outros pensamentos - incluindo memórias mais completas do passado ou visualizações sobre o futuro - são codificadas através dos neurônios.

Isso poderia um dia significar o uso de fMRI para exames forenses de uma série de memórias e pensamentos, deflagrando possivelmente uma porção de problemas éticos.

Por enquanto, porém, a tecnologia funciona apenas com voluntários e o pesquisador Demis Hassabis disse que levaria ao menos 10 anos para que as aplicações forenses se tornassem uma possibilidade.

“Há um longo caminho para que esse tipo de tecnologia seja possível onde você possa ler os pensamentos de alguém numa única e curta sessão, quando eles não querem cooperar”, afirmou ele.

Notícia publicada no estadao.com.br , em 12 de março de 2009.

José Antonio M. Pereira comenta*

Mais uma notícia que nos mostra a ciência e a tecnologia se aproximando de coisas relatadas pelos Espíritos. Falo de um recurso citado em várias obras psicografadas, utilizado para ajudar companheiros desencarnados ou levados ao mundo espiritual para tratamento. Os relatos descrevem um aparelho que permite entrar na mente do paciente e projetar numa tela, lembranças de fatos que muitas vezes a pessoa não deseja ou não consegue lembrar. A técnica é aplicada sempre com propósito específico e normalmente ajuda o paciente a se livrar de algum peso na consciência, tomar alguma decisão importante para seu melhoramento, se libertar de algo, etc. Ou ainda, ajuda os que participam da sessão, seja para fins de estudo ou para poderem auxiliar melhor naquele caso.

Embora os resultados divulgados sejam ainda incipientes se comparados aos que temos notícia do mundo espiritual, e ainda com a diferença de que a pesquisa refere-se ao cérebro material, é inevitável fazermos um paralelo e crer que estamos cada vez mais nos aproximando de tecnologias previstas pelos Espíritos.

O que pode ser motivo para preocupação é que nosso avanço tecnológico ainda é infinitamente maior em relação ao que conseguimos no campo da afetividade, das relações sociais, da fraternidade. Por isso se torna cada vez mais importante o melhoramento moral e ético da humanidade, porque no mundo espiritual essas tecnologias são utilizadas para o bem, coisa que já não podemos dizer com certeza por aqui, se chegarmos a desenvolver algo com o mesmo poder.

  • José Antonio M. Pereira coordena o ESDE e é médium da Casa de Emmanuel, além de integrante da Caravana Fraterna Irmã Scheilla, no Rio de Janeiro. Também é colaborador da equipe do Serviço de Perguntas e Respostas do Espiritismo.net.