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Nosso planeta pode estar abrigando várias formas de vida alienígenas, sendo todas elas completamente dissociadas de seres vivos já conhecidos, segundo cientista americano. André Luiz Rodrigues dos Santos comenta.

  • Data :02/04/2009
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Terra pode estar abrigando vida ‘alienígena’, diz cientista

James Morgan De Chicago para a BBC News

A Terra pode estar abrigando várias formas de vida alienígenas, completamente dissociadas dos seres vivos já conhecidos, segundo um cientista da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.

Em uma apresentação durante a conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), em Chicago, o físico Paul Davies disse ainda que essas “vidas paralelas” podem estar escondidas em locais inóspitos, como desertos, lagos de sal, fontes hidrotermais e áreas com altas temperaturas e radiação solar.

Davies afirmou ainda que várias desses “seres estranhos” podem estar vivendo entre nós, em formas que ainda não são conhecidas.

Eles fez um apelo para que a comunidade científica lance uma “missão à Terra” para vasculhar ambientes tidos como hostis em busca de sinais de bioatividade.

‘Segunda gênese’

“Não precisamos viajar a outros planetas para encontrar formas de vida estranhas. Elas podem estar bem aqui debaixo de nossos narizes”, disse.

“É perfeitamente razoável a ideia de uma biosfera paralela aqui na Terra”, defendeu. “Mas nunca ninguém se importou em procurar por ela. Eu pergunto: ‘Por quê?’. Não é caro - seria um custo bem menor do que se gasta procurando por extraterrestres.”

Davies foi um dos palestrantes de um simpósio que explorou a possibilidade de que a vida se desenvolveu na Terra mais de uma vez.

Segundo os cientistas, os descendentes desta “segunda gênese” podem ter sobrevivido até hoje, em uma “biosfera paralela” que está além da percepção humana porque seus habitantes têm uma bioquímica muito diferente da nossa.

“Todos os nossos microscópios estão desenvolvidos para estudar a vida que nós conhecemos - então não é uma surpresa que não tenhamos encontrados micróbios com uma bioquímica diferente”, afirmou Davies.

“Ainda não sabemos muito bem a aparência dessas formas de vida estranhas. É algo tão amplo como a própria imaginação, e é por isso que é tão difícil procurar por elas”, disse.

Molécula

Segundo o cientista, a base desses organismos poderia ser o DNA e o RNA, mas com um código genético distinto ou com diferentes aminoácidos. Ou ainda, essas criaturas poderiam apresentar diferenças mais acentuadas.

“Talvez um dos elementos usados pela vida - carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e fósforo - pode ter sido substituído por outros”, explicou Davies. “Um dos exemplos é o arsênico, que é venenoso para o homem mas têm propriedades que dariam condições ideais ao desenvolvimento de micróbios.”

Outro pesquisador, Steven Benner, da Universidade da Flórida, disse que antes de procurar por esses seres, é preciso provar que é possível criar novas moléculas capazes de sobreviver e evoluir.

Sua equipe desenvolveu um sistema químico sintético que precisa ser alimentado externamente, mas que é capaz de evoluir e se adaptar em uma geração seguinte.

“Nosso próximo passo será aplicar um processo de seleção natural”, afirmou Benner.

Notícia publicada na BBC Brasil , em 17 de fevereiro de 2009.

André Luiz Rodrigues dos Santos comenta*

A questão da vida extraterrestre sempre esteve presente no imaginário das civilizações que se sucederam na história. Vieram relatos, lendas, mitos, contos, cada um destacando algo que nos remeta para fora do nosso mundo. A inteligência humana, assim, insatisfeita com um cenário em que se vê como a única protagonista, e povoada por essas ideias, tenta, com grande esforço, encontrar uma resposta sólida para essa dúvida: estamos sozinhos no universo?

Esse é um argumento bastante interessante, o que foi apresentado pelo cientista entrevistado na reportagem, sobre a possibilidade de vida alienígena co-habitando o planeta ao nosso lado. Não se fala de “homenzinhos verdes” ou “gosmas intergalácticas”, mas de microrganismos que vivem em ambientes que fogem aos padrões da nossa biosfera, da vida como conhecemos.

Seguindo uma linha de pensamento bastante lógica, entendemos que só temos a capacidade de identificar aquilo que é concebível pela nossa razão. Isso significa que há uma diferença significativa entre o simples “achar algo e aprender sobre” e “procurar algo partindo de referências já conhecidas”.

A ciência, em suas descobertas atuais, já não espera mais encontrar algo que esteja drasticamente fora das bases já estabelecidas. Tudo o que surge de novidade no presente é apenas consequência de elementos já catalogados, conceitos já elaborados, ou seja, nada mais é do que um desdobramento do que já é conhecido. Nesse sentido, desenvolvemos nossa tecnologia criando instrumentos que ampliem nossos sentidos para alvos pré-definidos, como microscópios para organismos que não vemos – mas que aceitamos a possibilidade de existirem –, captadores de frequência eletromagnética para as frequências acima de nossas percepções (sons, luzes, irradiações, ondas elétricas, etc) – mas que também aceitamos a possibilidade de existirem –, enfim, nos aprofundamos em determinado conhecimento explorando um universo partindo de comparações.

A proposta apresentada é ousada, pois desafia os homens da ciência para partirem do nada e abrirem novos horizontes, e que encontrará, sem dúvida, resistência, como toda ideia nova, que não tem nada de mirabolante.

O interessante é que existe algo nesse raciocínio que esbarra no Espiritismo, pois embora não lide com vida extraterrena, lida com vida extrafísica. A ciência oficial não reconhece a existência do espírito, embora ele exista, deixando apenas que as religiões se ocupem com essa questão, que se assenta, a princípio, no campo místico. Nesse mesmo caminho, quando a ciência positiva voltar os olhos também para essa direção, resolveremos não apenas uma série de questões que, literalmente, assombram as mente humana, mas removeremos o véu do sobrenatural para adentrarmos num novo capítulo da nossa existência, que está acima da nossa vida biológica: a vida espiritual, natural e divina.

*André Luiz Rodrigues dos Santos é paulista, espírita desde 1991, militar e professor. É membro da Equipe Espiritismo.net, atuando nas áreas de Atendimento Fraterno, divulgação e estudos doutrinários no meio virtual.