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O bebê Cauã Filipe Massaneiro, de um ano, caiu do terceiro andar do edifício onde mora, na praia de Boa Viagem, em Recife. Fralda ficou presa nos grampos de segurança e amorteceu a queda, salvando a vida da criança. Sergio Rodrigues comenta.

  • Data :25 Nov, 2008
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Bebê cai de terceiro andar, mas é salvo pela fralda

Letícia Lins - O Globo; Pe360graus; Jornal Nacional

RECIFE - Um bebê de 1 ano caiu na terça-feira à noite do terceiro andar de um prédio na Praia de Boa Viagem, Zona Sul de Recife, e foi salvo pela fralda descartável, que ficou presa no parapeito do edifício, amortecendo a queda de 10 metros de altura. Cauã Filipe Massaneiro sofreu fraturas e está internada no Hospital Memorial São José, mas já deixou a Unidade de Terapia Intensiva. De acordo com o hospital, o estado de saúde do bebê é estável e deve receber alta já nesta quinta.

Segundo o pai da criança, o catarinense Alexandre César Massaneiro, de 23 anos, o menino teve uma fratura num fêmur e numa costela.

  • Deus salvou meu filho. Ele caiu até o muro, onde havia os pedaços de ferro espetados, e não se machucou - disse o pai, enquanto observava a fralda presa nos ganchos do muro do edifício Jardim Tropical.

O acidente ocorreu terça-feira. A mãe da criança, de 21 anos, guardava roupas no quarto quando Cauã foi para a sala. O bebê teria subido num sofá e caído. A polícia pediu à família que não mexesse no sofá nem na fralda, para a realização da perícia, que não havia sido feita até o início da noite desta quarta. A fralda ainda estava presa no muro.

Alexandre estava trabalhando quando a mulher ligou relatando a queda de Cauã.

  • Fiquei fora de mim, quase desmaiei. A primeira preocupação foi avisar aos parentes que moram em Santa Catarina, tios, avós e primos da criança, para evitar que soubessem da notícia pelo rádio ou pela televisão - contou Alexandre.

Uma vizinha que se aproximava do prédio na hora do acidente socorreu o menino:

  • Ele caiu na hora que eu fui chegando, e o agarrei. Fui logo soprando a cabeça dele, pra ver se ele chorava. Soprei o rostinho dele e ele foi voltando - contou a cabeleireira Solange Olindina.

No apartamento da família, o sofá fica encostado à janela, que não tem tela de proteção. Uma falha condenada pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Segundo a instituição, a maioria das mortes de crianças e adolescentes é provocada por acidentes domésticos.

  • São as quedas, queimaduras, quedas de bicicleta, intoxicações. Então a criança sempre tem que ter um ambiente seguro para brincar. Tem que ter um adulto perto dela, orientando - disse Lucineide Porto, da Sociedade Brasileira de Pediatria.

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente vai investigar o caso.

O porteiro Manoel Messias estava trabalhando no edifício na hora do acidente e contou o que viu:

  • Estava na portaria e só escutei o barulho da queda. Não sabemos como tudo aconteceu, a única coisa que vi foi o menino sendo levado para o hospital. Ele saiu daqui acordado e parece não ter desmaiado em nenhum momento - disse.

O estudante Sylvio Houley, de 11 anos, mora no edifício vizinho e conta que estudava no quarto em frente ao cômodo onde estava Cauã quando ouviu um barulho.

  • Não tive coragem de olhar pra baixo. Só ouvi quando a mulher (a mãe) gritou o nome do bebê - contou. - Chamei a empregada, meu padrasto e meus irmãos não acreditavam. Quando olhamos, só vimos a fralda - completou.

Notícia publicada em O Globo Online , em 27 de agosto de 2008.

Sergio Rodrigues comenta*

Este é um exemplo de como se manifestam as leis divinas. Nada acontece por acaso ou por descuido, pois o Universo é regido por leis sábias, soberanas, provenientes de uma inteligência que ainda sequer compreendemos inteiramente. Assim, o momento da morte, como tudo na Criação, não é determinado pelo acaso. Quando o espírito está prestes a reencarnar, é feita uma programação para a sua futura vivência na matéria. São definidas as provas às quais irá se submeter, que podem ser por ele mesmo escolhidas, dependendo de seu estágio evolutivo. Nessa programação está projetado o tipo de vida a que se sujeitará, o meio no qual renascerá, as tarefas a que se comprometeu e outros aspectos principais que nortearão essa sua nova passagem pela carne, dentre os quais a forma como se dará a sua desencarnação e a época aproximada. Tudo obedecendo às suas necessidades evolutivas e ao seu merecimento.

Certamente, esse espírito tem uma prova a ser cumprida e, provavelmente, uma tarefa a realizar. Muito provavelmente, não faz parte de sua programação para esta passagem pela Terra passar pela provação de uma desencarnação prematura. Todas as circunstâncias envolvendo o fato levavam a um desfecho previsível, que é a morte. No entanto, circunstâncias outras atribuídas comumente ao acaso ou à sorte mudaram o rumo dos acontecimetos. E a chamada “mão salvadora” providenciou para que a fralda que trajava ficasse presa ao parapeito do edifício e o desfecho fatal e previsível fosse evitado. Resta esperar que esse espírito, quando a maturidade física permitir que venha ter consciência do acontecido, saiba valorizar a vida que por pouco lhe foi subraída e aproveite a reencarnação para realizar o progresso que aqui veio buscar.

  • Sergio Rodrigues é espírita e colaborador do Espiritismo.Net.