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Um estudo envolvendo 25 hospitais na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos deverá examinar experiências de quase-morte em pacientes com ataque cardíaco. Pedro Vieira comenta.

  • Data :01 Oct, 2008
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Megaestudo vai investigar experiências de ‘quase-morte’

Jane Dreaper BBC News

Um estudo envolvendo 25 hospitais na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos deverá examinar experiências de quase-morte em pacientes com ataque cardíaco.

Os especialistas vão examinar 1,5 mil casos de sobreviventes para verificar se as pessoas que tiveram suspenso o seu batimento cardíaco ou atividade cerebral podem ter experiências de se ver fora do próprio corpo.

Algumas pessoas dizem ter visto um túnel ou luz forte, outros dizem se lembrar de observar a atividade de médicos e enfermeiros, do “teto” do quarto do hospital.

O estudo, intitulado Aware (sigla inglesa para “consciência durante ressuscitação”), está previsto para durar três anos e será coordenado pela Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha.

Para testar a “visão de cima”, os pesquisadores vão instalar prateleiras especiais em áreas de atendimento de emergência de hospitais.

Elas deverão conter fotografias que só podem ser vistas de cima.

Sam Parnia, chefe do estudo, disse: “Se você puder demonstrar que a consciência se mantém depois que o cérebro ‘desliga’, isso abre caminho para a possibilidade de que a consciência seja uma entidade separada.”

Parnia e outros médicos vão analisar a atividade cerebral dos mais de mil sobreviventes de ataques cardíacos e verificar se eles podem se lembrar das imagens nas fotos das prateleiras.

“É pouco provável que nós encontremos muitos casos onde isto aconteça, mas nós temos que manter a mente aberta.”

“E se ninguém vir as fotos, isso vai demonstrar que estas experiências são ilusões ou memórias falsas.”

“Este é um mistério que agora nós podemos submeter a um estudo científico.”

Parnia trabalha como médico em terapia intensiva e, baseada em sua experiência diária, sentiu que a ciência não explorou adequadamente a questão da “quase-morte”.

Processo de morte

“Ao contrário da percepção geral, morte não é um momento específico.”

“É um processo que começa quando o coração pára de bater, os pulmões param de trabalhar e o cérebro pára de funcionar - uma condição médica chamada de parada cardíaca.”

“Durante uma parada cardíaca, todos os três critérios de morte estão presentes. Então se segue um período de tempo, que pode durar de poucos segundos a uma hora ou mais, em que esforços médicos de emergência podem conseguir fazer com que o coração volte a bater revertendo o processo de morte.”

“O que as pessoas experimentam durante este período de parada cardíaca oferece uma oportunidade única para entender o que possivelmente todos nós experimentaremos durante o processo de morte.”

Notícia publicada na BBC Brasil , em 18 de setembro de 2008.

Pedro Vieira comenta*

A pesquisa proposta pela Universidade inglesa é, de fato, interessantíssima. A metodologia adotada, de serem colocadas fotografias em posições que comprovariam a presença da consciência extracorpórea no teto da sala, é simples, beirando a trivialidade.

Isso indica que poderia ter sido feita em qualquer momento do presente século e do passado. Por que não foi? Certamente por preconceito, que começa a cair à medida em que os casos tornam-se comuns, espalhados por toda a Terra, e novos Espíritos encarnam na Ciência, em busca da Verdade.

A pergunta que nos fica é a mesma: por que é a Ciência convencional que está tendo a preocupação de sondar o Espírito e não os Centros e Grupos Espíritas? Será que nos deixaremos levar a reboque mais uma vez? O que temos feito do conhecimento espírita que nos tem paralisado a ação que guiou Allan Kardec e todos os grandes pesquisadores do Espírito das décadas passadas?

  • Pedro Vieira é expositor e médium espírita. Colabora com o centenário Centro Espírita Cristófilos e com o Centro Espírita Léon Denis, no Rio de Janeiro, além de algumas outras casas.