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  • Parábola do Semeador: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça! 1

O amado Rabi da Galileia, ao acercar-se da multidão, à beira do lago, entrou no barco e começou a falar-lhes em parábolas. Neste momento, descrito no Evangelho de Mateus, no capítulo 13, o Mestre Jesus conta a Parábola do Semeador e, ao finalizá-la, dizendo Quem tem ouvidos para ouvir, ouça., vê os discípulos aproximarem-se e lhe questionarem o motivo pelo qual falava nesta linguagem.

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O amado Rabi da Galileia, ao acercar-se da multidão, à beira do lago, entrou no barco e começou a falar-lhes em parábolas. Neste momento, descrito no Evangelho de Mateus, no capítulo 13, o Mestre Jesus conta a Parábola do Semeador e, ao finalizá-la, dizendo “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça., vê os discípulos aproximarem-se e lhe questionarem o motivo pelo qual falava nesta linguagem.

Nenhuma fala do Mestre se dava ao acaso. A perfeição de suas colocações era o fruto que revelava a Árvore. Na Parábola, o Senhor faz uso de ações cotidianas e familiares para aqueles Espíritos (encarnados e desencarnados) que ali se encontravam para ouvi-lo. Por meio delas, demonstraria as possíveis diferentes reações de uma mesma ação, a depender das circunstâncias.

As sementes espalhadas pelo Semeador caem em diversos locais e as qualidades do solo ditam seus futuros. Isso, apenas, porém, para aquelas que não foram comidas rapidamente pelas aves. No solo pedregoso e raso, a semente nasceu, mas logo secou-se pelo calor do sol. Já no solo que continha espinhos, eles a sufocaram. No entanto, no solo fértil, deu fruto que se reproduziu em efeitos multiplicadores, pois que, em cada semente, outras dezenas eram geradas.

Em nosso humilde e restrito ponto de vista, entendemos que o Semeador é o próprio Jesus, ou qualquer outro Espírito que venha em seu nome, isto é, em nome do Amor. A terra na qual as sementes são lançadas representa o nosso coração. Nele estão os nossos tesouros: os sentimentos!

O exemplo do Caminho e da Vida é a semente amorosa lançada em todos os corações terrenos, pois “Só a luz do amor divino é bastante forte para converter uma alma à Verdade”. Pergunta, então, você, por que esta força tão grande e única não conseguiu mover as pedras e os espinhos para frutificar?

Acontece que esta força somente atua quando uma outra é previamente existente, a força da Vontade. O solo que é preenchido da Vontade direcionada para produzir o bem, dá vida a força do amor dentro de si e esta semente se reproduz de tal forma em pensamentos, ações e hábitos que quem seria capaz de dizer quantos outros frutos uma única semente poderia gerar?

O Filho do Altíssimo havia vindo para cumprir a lei e a lei, para os hebreus, era a lei e os profetas, a Torah escrita por Moisés e as escrituras sagradas dos profetas. Dentre eles, estava o inspirado Isaías profetizando que “Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis”. Sendo assim, ainda que o Cristo tornasse a linguagem acessível, somente aqueles que tivessem desenvolvido suficientemente em sabedoria e amor poderiam compreendê-la em profundidade.

Nesse sentido, podemos depreender que quando Nosso Senhor Jesus terminava as suas belíssimas e suaves falas com a advertência “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”, era então aos discípulos a quem Ele se dirigia. Não somente aos doze discípulos, mas a qualquer Espírito que de coração aberto já estaria sequioso de segui-Lo e pronto para penetrar em seus mais profundos sentimentos e pensamentos para torná-los, assim como Ele, em Luz.

Portanto, quem tem olhos de ver, que veja.

1 Este é o primeiro artigo de uma série que abordará as parábolas de Nosso Senhor Jesus. Todos eles foram concedidos pela autora para serem publicados por Espiritismo.net. Rogamos ao Mestre que abençoe todas as almas envolvidas neste belo trabalho de amor.

REFERÊNCIAS

XAVIER, Francisco Cândido. Capítulo 7: A luta contra o mal. Boa Nova. Pelo Espírito Humberto de Campos. 37. ed. – 10. imp. Brasília: FEB, 2018.