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  • Multidão vibra muito com resgate de família dos escombros de prédio após terremoto na Síria

Multidões gritavam ‘Deus é grande’ enquanto equipes de resgate dos Capacetes Brancos retiravam sobreviventes do terremoto dos escombros em Idlib, na Síria, na terça-feira, 7. A família resgatada foi levada direto para uma ambulância, enquanto as pessoas olhavam com alívio e comemoravam. O número de mortos do terremoto devastador no sul da Turquia e na Síria saltou para mais de 7.800 pessoas na terça-feira. Fabiana Shcaira comenta.

  • Data :11 Feb, 2023
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Multidões gritavam ‘Deus é grande’ enquanto equipes de resgate dos Capacetes Brancos retiravam sobreviventes do terremoto dos escombros em Idlib, na Síria, na terça-feira, 7. A família resgatada foi levada direto para uma ambulância, enquanto as pessoas olhavam com alívio e comemoravam. O número de mortos do terremoto devastador no sul da Turquia e na Síria saltou para mais de 7.800 pessoas na terça-feira.

Notícia publicada no portal Terra , em 08 de Fevereiro de 2023

Fabiana Shcaira Zoboli* comenta:

O terremoto que atingiu a Turquia e a Síria é uma tragédia que alcança toda a humanidade.

As imagens de destruição e de sofrimento ante a desencarnação de pessoas queridas, como a de Mesut Hancer, que permaneceu segurando a mão de sua filha, Irmak, de 15 anos, soterrada e já morta, comove o coração mais endurecido.

Muitos podem estar se perguntando o “por quê” de tanta dor. Não sabemos. Sabemos, porém, que para tudo há um motivo e que Deus não nos deixa sofrer sem uma razão não, apenas, justa, mas, principalmente, útil para a elevação dos nossos Espíritos.

Para quem foi, diretamente, atingido pela tragédia, palavras podem soar um tanto vazias. Porém, não nos parece um engano dizer que, neste momento, milhares gostariam de, além das palavras, estar ao lado dos nossos irmãos, na Síria e na Turquia, abraçando-os fortemente e secando suas lágrimas.

Então, a tragédia que atingiu a humanidade tem o condão de trazer à tona o melhor de nós: empatia, fraternidade, colaboração, união, trabalho, sacrifício. E, a celebração da Vida com a consciência de que somos Espíritos imortais: “Deus é grande”, dizia a multidão tomada de felicidade pela família salva.

Grande é o exemplo dessas pessoas que em meio a dor e destruição quase sem precedentes, testemunham a sua fé em Deus. Sim, Deus é grande e grande deve ser a nossa fé.

Em um momento, cidades foram destruídas, mostrando-nos a fragilidade dos nossos anseios materiais e nos convidando à reflexão para o que, de fato, importa e permanece.

O Espírito, criação de Deus, sobrevive e sobreviverá às tragédias, prosseguindo sua jornada de evolução e, um dia, todas as dores serão lembranças de momentos de aprendizado e de conquista de valores imortais como paciência, humildade, solidariedade, amor, paz.

Jesus, após à tragédia do Gólgota, retornou para nos ajudar. E, em seu trabalho incessante por nossa humanidade, acolheu os primeiros mártires de sua Santa Doutrina e, em um lugar de beleza e de sublime Amor, assim falou aos cristãos da primeira hora, que sucumbiram na tragédia do circo, como conta Emmanuel(1):

“Nas moradas infinitas do Pai, há luz bastante para dissipar todas as trevas, consolar todas as dores, redimir todas as iniquidades…”

E essa luz que consola é trazida por Jesus, ainda hoje, a todos os que sofrem. E nossas preces podem levar um pouco dessa luz em vibrações de fraternidade e suaves consolações, não tenhamos dúvida.

Não nos esqueçamos, porém, de que há tragédias acontecendo a todo momento. Algumas, igualmente grandes e dolorosas, como a guerra entre Rússia e Ucrânia; outras, porém, tão cotidianas que nem as tomamos mais como tragédias: fome, enchentes, conflitos familiares, alcoolismo e drogadição, dificuldade de acesso a tratamentos médicos, depressão, solidão…

Deixemos que o melhor de nós aflore enquanto houver uma única pessoa sofrendo. Compreendamos que Deus é grande e, por isso, convida a todos nós ao trabalho porque aí está a nossa oportunidade de elevação pelo exercício do Amor.

Jesus, que nos auxilia até hoje, além de consolar os primeiros mártires, também os convidou ao trabalho pelos irmãos em sofrimento:

  • “Trabalharemos com amor, na oficina dos séculos porvindouros, reorganizaremos todos os elementos destruídos, examinaremos detidamente todas as ruínas buscando o material passível de novo aproveitamento e, quando as instituições terrestres reajustarem a sua vida na fraternidade e no bem, na paz e na justiça, depois da seleção natural dos Espíritos e dentro das convulsões renovadoras da vida planetária, organizaremos para o mundo um novo ciclo evolutivo, consolidando, com as divinas verdades do Consolador, os progressos definitivos do homem espiritual”.*

Esse convite permanece.

Sem esmorecer na fé, sigamos fazendo o melhor de nós. Ajudemos na reconstrução de cidades, de casas e corações. Distribuamos alimentos e recursos, quando possível. Mas, sobretudo, distribuamos bens do coração como trabalho fraterno, sorrisos que afagam, frases sinceras e consoladoras, abraços que acolhem e secam lágrimas, reanimando a Esperança.

Trabalhemos, amigos, pelo Bem de todos. Sejamos aqueles que promovem a Paz, a Conciliação, a Fraternidade entre todos.

Deus é grande e irá nos ajudar.


(1) Trechos extraídos da obra “Há dois mil anos”, de Emmanuel, psicografada por Chico Xavier.

*Fabiana Shcaira Zoboli é espírita e colaboradora do Espiritismo.net