Carregando...

  • Início
  • Existe emprego perfeito? Veja esta reflexão

Será que existe emprego perfeito? Quando você vê pessoas realizadas profissionalmente, falando sobre as suas carreiras, o que lhe vem à mente? É algo impossível de atingir? Bem, infelizmente, sabemos que nem todas as pessoas se sentem satisfeitas nos seus trabalhos. Muitas, inclusive, podem desencadear problemas como esgotamento emocional, Síndrome de Burnout, etc. Suely Marchesi comenta.

  • Data :09/09/2022
  • Categoria :

Será que existe emprego perfeito? Quando você vê pessoas realizadas profissionalmente, falando sobre as suas carreiras, o que lhe vem à mente? É algo impossível de atingir?

Bem, infelizmente, sabemos que nem todas as pessoas se sentem satisfeitas nos seus trabalhos. Muitas, inclusive, podem desencadear problemas como esgotamento emocional, Síndrome de Burnout, etc.

Tudo isso porque o trabalho pode ser tedioso, desgastante, pesado, difícil, pouco remunerado, enfim!

Mas, será que é possível encontrar um emprego sem defeitos? Que possa ser dito como o “emprego perfeito”? É sobre isso que refletimos a seguir!

Existe emprego perfeito? O que seria um emprego perfeito?

Antes de qualquer coisa, devemos pensar sobre o que seria, de fato, a perfeição no trabalho.

Afinal, muita gente busca o emprego perfeito, mas sequer sabem apontar o que poderia caracterizá-lo como tal.

Sendo assim, comece a fazer essa reflexão. Se existe emprego perfeito, como ele deveria ser? O que você deveria receber? E como deveria ser as atividades diárias?

Pensar sobre o assunto pode ajudar a desmistificar muitas coisas relacionadas ao trabalho. Até porque há quem ache que qualquer trabalho é cansativo e ruim… Mas será?

A perfeição não existe – mas amar o que se faz é possível sim!

A perfeição, em diversos âmbitos de nossas vidas, não existe. Isso é um fato! Só que isso não quer dizer que seja impossível amar o trabalho e o que se faz.

Em outras palavras, o trabalho perfeito talvez seja aquele que desperta o amor na pessoa que o faz. É sentir-se realizado mesmo naqueles dias mais difíceis, ou naqueles momentos em que devemos cumprir tarefas não tão interessantes.

Ou seja, cada trabalho terá os seus pontos positivos e negativos. Sempre. E cabe a nós conseguirmos mensurar até que ponto algo pode ser realmente interessante, ou deve ser descartado de nossas vidas.

E a melhor maneira de fazer essa reflexão na hora de buscar o melhor emprego, é sabendo o que você ama. Saber o que se ama é imprescindível para encontrar aquele trabalho que realmente lhe satisfaça em diversos níveis – mesmo naqueles dias ruins.

Descubra o que você ama e trace um futuro profissional mais realizador

Comece a pensar sobre o que poderia despertar essa sensação de trabalho perfeito em você. Busque, dentro de si mesmo, o que você ama e que poderia ser convertido no seu estilo de vida e de trabalho.

Às vezes, para que isso aconteça é preciso experimentar coisas novas. Estudar novos conteúdos, pensar sobre novos assuntos, consumir novas mídias. Pois dessa maneira você poderá se deparar com práticas que, antes, sequer tinha ideia que existiam.

Além disso, o autoconhecimento também é um aliado nessa trajetória. Com ele você consegue se atentar às suas habilidades e aprende que pode usá-las no seu dia a dia de trabalho. Logo, tem maiores chances de encontrar algum tipo de serviço que combine com o seu perfil.

E tudo isso, mais tarde, vai lhe ajudar a dizer que, mesmo com todos os defeitos, existe emprego perfeito.

Comece a sua autodescoberta agora e bom desenvolvimento profissional para você!

Notícia publicada no portal Noticias Concursos , em 19 de janeiro de 2022

Suely Marchesi* comenta:

Os ensinamentos dos Espíritos trazem, em diversas medidas, pontos de vista diferentes dos que são comuns no dia-a-dia. Uma das coisas mais constante neles é exatamente um convite permanente para esse exercício de olhar novamente para qualquer tarefa ou dever diário e tentar ver de novo, ver com outra perspectiva. Historicamente, o trabalho sempre foi visto como punição; o “paraíso” tradicional é local de ociosidade e contemplação. Será? Nos livros que nos chegaram sobre a vida no plano espiritual, fala-se muito sobre a bênção do trabalho. E agora? Quem tem razão?

Há uma mecânica histórica de dominação e trabalho escravo, ou seja, quem trabalhava tinha sempre de se exaurir nesse trabalho, pois o dominador não lhe permitia descanso ou prazer, trazendo revolta, ódio, doença. O dominador exibia ócio, apenas para mostrar que podia, pois tinha muitos dominados para trabalhar por ele. Como sempre, a falta de equilíbrio envenenou o que deveria ser algo prazeroso e belo.

Com a pandemia, muitos sentimos na pele o que sentem os povos em guerra: isolamento, falta de trabalho, falta de produtos, falta de dinheiro. Qualquer pessoa que tenha dependentes se aflige quando não encontra trabalho, pois vê faltar em casa primeiro o supérfluo, depois o necessário, e enfim o básico. O trabalho em si, independente de qual, é o ato de fazer/produzir algo. Pode ser algo tangível, como um produto (brinquedo, pão, vestimenta), ou algo intangível (redes sociais, games, serviços, conhecimento). Não importa. Qualquer tarefa traz em si mesma o prazer de executá-la, e o de terminá-la, ainda que não permaneça assim por muito tempo. Manutenção e limpeza, por exemplo, às vezes duram segundos… Mas não significa que não foram executadas/terminadas. Só que precisam ser feitas periodicamente para que tudo fique adequado para uso.

Ao escolher uma colocação ou uma linha de trabalho, precisamos levar em conta que nossas tarefas serão repetitivas, em qualquer nível ou tipo de trabalho. Portanto, não podem ser tarefas que me deixem exaurido, revoltado ou doente. Se forem tarefas de risco, é necessário que haja proteção e procedimentos de cuidado, pois também precisam ser feitas. Há pessoas que não conseguem ficar “fechadas num escritório”, enquanto outras não conseguem se imaginar trabalhando fora de um. Na sociedade em que vivemos hoje, há mais flexibilidade e mais possibilidades que há apenas 50 anos atrás, mais acesso a qualificações, mais variedade de tarefas. Pode exigir um pouco de experimentação, mas é possível sim descobrir um

trabalho que nos traga o prazer de executá-lo, o prazer de o ver pronto, e a consciência de que precisamos descansar entre suas etapas, seja o sono ou o lazer.

E quando não tenho escolha e só consigo colocação em tarefas que não me agradam, em trabalhos sub-remunerados, longe, difíceis, sob a chefia abusadora e muitas vezes cruel?

Escolha sempre há. Milhares de pessoas mudam de cidade e até de país para procurar colocações e rotinas melhores. Muitos abrem seu próprio negócio, pois descobrem que são capazes de fazer melhor do que o que viam antes. Mas temos de ter em mente que em qualquer trabalho há recompensas e perrengues. Não existe trabalho sem problemas a resolver. Não existe trabalho sem exigências fora de razão de alguém. Não existe trabalho sem a falta de algum recurso, que gera algum investimento ou improvisação de solução. E também não existe trabalho

onde, com alguma paciência e observação, não se possa melhorar a maneira de executar as tarefas, não se possa trazer alegria a si mesmo e aos companheiros, não se possa adequar as regras de forma que tudo seja feito com cuidado enquanto as pessoas, embora cansem, pois o corpo e a mente também exigem cuidado, também levem para o lar a satisfação da tarefa bem executada.

O capítulo XVII de “O Evangelho segundo o Espiritismo” fala de perfeição, e da conduta do homem de bem, em qualquer posição social. O que parece claro, no texto, é que perfeição não existe… então não existe o emprego perfeito, o trabalho perfeito. Existe aquele onde consigo enfrentar as dificuldades que se colocam e ainda assim produzir, entregar um resultado adequado ao que se destina, ou superior até.

Quem não quer um celular com mais recursos do que tem o seu atual? Quem não quer um filme ou programa bem feito e bem produzido para assistir? Quem não quer um alimento saboroso, uma roupa bem cortada, uma internet rápida que não cai, água limpa na torneira, uma reforma bem executada e bonita, um brinquedo que não cansa nem machuca, uma arte bonita na parede, um carro melhor, um….

Tudo isso alguém produziu. Muitos alguéns. Alguém mantém. Muitos alguéns. Alguéns cuidados por outros alguéns, pois há profissionais especializados em cuidar, nutrir, manter, educar…

Como tudo na vida, trabalho também é equilíbrio. Seja uma função que escolhi ou que foi a que consegui, é possível melhorar e encontrar alegria, contentamento. Se não for possível, é sinal de mudança, que preciso procurar algo que me traga tudo isso. Será que aquele seu talento não poderia trazer uma remuneração melhor que a que você tem agora? Pode ser seu trabalho dos sonhos. Informe-se, qualifique-se, ou, como diziam nossos pais: vá atrás…

  • Suely Marchesi é Arquiteto Urbanista pelo Mackenzie, Pós graduada em Pedagogia Espírita pela ABPE/Unisanta. É Artesã e Professora de Desenho Técnico e de Computação Gráfica. Estudante da Doutrina Espírita desde 1995, é colaboradora do espiritismo.net.