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  • Comunicação mediúnica: O Natal de João

Após breves instantes, João se viu no hospital. Sozinho e doente, o enfermo, carente de atenção, saúde e sofrendo na solidão. Em crente oração, pensava o enfermo naqueles que também necessitavam de cura, saúde e conforto. Orando, tal qual Jesus, na tarde esplendorosa, ensinando a dominical oração. E João viu Jesus, novamente, nos lábios crentes, que na vida Além, por certo, a saúde lhe voltaria, bem como a alegria de servir e amar. O anjo bom, com sua diáfana mão, enxuga as lágrimas e abençoa a pobre enfermo.

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  • Onde está Jesus?

Assim pensava João, deitado, estirado no chão, sob o céu estrelado, contemplando a Amplidão.

  • Jesus, onde estás? Pois é o teu Natal, mas vejo luzes antigas e fartura, bonecos vestidos em bonitas roupas, mas não Te vejo meu senhor…Não te encontro, Jesus.

Assim meditava João, adormecendo com o corpo frio pelo chão, carente de tudo, carente de pão, agasalho e remédio.

João, em um breve instante, entrega-se aos braços do sono, encontrando, do outro lado, um anjo bom, vindo da celeste paisagem a visitar o agreste sofrimento.

  • Vem, João! Vamos encontrar Jesus!

  • Aonde vamos, anjo bom?

João contempla a celeste visão e medita, ingênuo, se Jesus está nas igrejas ou na manjedoura dos presépios; nos suntuosos palácios aguardando, à mesa, a lauta ceia.

  • Não, meu bom João! Jesus está por toda parte, onde haja a boa vontade e o amor em ação. Vem, João! Vamos encontrar Jesus, vem?!

É assim que se dirigem ao presídio e observam as necessidades e os infortúnios dos proscritos e marginalizados do mundo, vendo neles o Cristo preso e torturado em sua paixão.

  • Eis aí o Cristo, João! Disse o anjo bom a estender as mãos em bênçãos a todos os infortunados em reclusão.

O anjo bom se dirige com João a casa pobre, necessitada de tudo. Filhos famintos, mãe chorosa, mas com o maternal regaço resplandecente e de coração imenso a amar com vontade os pequenos rebentos do seu ventre. E, ali, João também viu Jesus, pelos olhos em lágrimas da Mãe que muita amava, assim como foi Maria, no dia santo do nascimento do Senhor, na noite escura e celeste, palha simples e anjos em festa. O anjo bom, após distribuir ósculos nas pequeninas frontes, guia uma alma terna e boa, levando farta bonança, paz e pão para alimentar o lar pobrezinho.

  • Vem, João?! Vamos encontrar Jesus!

  • Aonde vamos, nobre e santa senhora? Disse João a figura angélica.

Após breves instantes, João se viu no hospital. Sozinho e doente, o enfermo, carente de atenção, saúde e sofrendo na solidão. Em crente oração, pensava o enfermo naqueles que também necessitavam de cura, saúde e conforto. Orando, tal qual Jesus, na tarde esplendorosa, ensinando a dominical oração. E João viu Jesus, novamente, nos lábios crentes, que na vida Além, por certo, a saúde lhe voltaria, bem como a alegria de servir e amar. O anjo bom, com sua diáfana mão, enxuga as lágrimas e abençoa a pobre enfermo.

Por fim, o anjo bom se dirige para a calçada escura e fria, onde o corpo de João repousava. Assim como Maria, que pegou o seu filho amado nos braços, o anjo bom devolve ao corpo João, à espiritual manjedoura.

Beijando-lhe a fronte disse:

  • Ó, João, Jesus está em seu coração e em suas mãos. Espalhe o bem, a virtude e o amor e assim terá Jesus em seu peito feito em luz.

Francisca Clotilde ( Espírito)

Daniel (Médium)

Mensagem recebida no Grupo Espírita Léon Denis, em Uberlândia, 19 de dezembro de 2022.