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  • Processos Mentais na Cura (Parte 1)

Quando se fala em curas espirituais é necessário uma análise criteriosa para o perfeito entendimento (“perfeito entendimento” para o nível de entendimento atual da humanidade) dos processos envolvidos e a participação de cada componente para que se possa atingir o maior proveito possível dentro das limitações inerentes a algo tão complexo. Desta forma, os melhores exemplos que se tem disponível para a análise são as curas realizadas por Jesus e que foram descritas nos Evangelhos espíritas…

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Quando se fala em curas espirituais é necessário uma análise criteriosa para o perfeito entendimento (“perfeito entendimento” para o nível de entendimento atual da humanidade) dos processos envolvidos e a participação de cada componente para que se possa atingir o maior proveito possível dentro das limitações inerentes a algo tão complexo.

Desta forma, os melhores exemplos que se tem disponível para a análise são as curas realizadas por Jesus e que foram descritas nos Evangelhos. Entretanto, importa ressaltar que toda informação contida nos Evangelhos Canônicos, por serem relatos transcritos anos após a desencarnação de Jesus, devem ser selecionadas criteriosamente sobre a fidedignidade do relato. Kardec, juntamente com os espíritos responsáveis pela Codificação Espírita, realizaram esta seleção segundo os critérios apresentados na introdução do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Sob os critérios mencionados acima, no livro A Gênese, mais precisamente no capítulo XV, encontra-se os relatos extraídos dos Evangelhos para as curas realizadas por Jesus, seguido de seus valiosos comentários. Analisando este capítulo, percebe-se claramente a didática utilizada e, mais especificamente, a conclusão que Kardec desejava demonstrar.

Partindo dos três primeiros relatos, tem-se:

**1) Perda de sangue: **

Uma mulher sofria de hemorragia e tocou a roupa de Jesus sem que ele visse, porém ele percebeu uma diferença distinta daquele toque em meio à multidão.

Nesta situação, em que uma multidão se aglomera em torno de um indivíduo, pode-se conceber que várias pessoas o estariam tocando ao mesmo tempo. Porém, neste relato, Jesus percebeu algo em especial, diferente de todos os outros, pois, neste toque, sentiu um fluxo de fluido saindo dele em direção àquele ou àquela que o tocou.

O interessante deste relato é que Jesus ficou curioso em conhecer quem era o responsável pela atração do fluido que expeliu naturalmente mediante ao estímulo que recebera. Olhando ao seu redor e perguntando aos discípulos quem o havia tocado, a mulher, cheia de receio, se apresentou, pois sentiu o efeito imediato daquele fluido em sua organização física-perispiritual. Jesus a olhou e disse: “sua fé te curou”.

Conclui-se que Jesus não pode ter “impregnado” o fluido com qualidades especificas, pelo simples fato de ele não saber quem o tocou.

2) O cego de Betsaida:

Jesus colocou saliva nos olhos de um cego de nascença e, depois aplicou a imposição das mãos. Como o homem não havia recobrado a visão completamente, uma vez que enxergava formas distorcidas, Jesus colocou as mãos nos seus olhos e, então, pôde ver claramente.

Neste caso, o procedimento de cura foi mais complexo do que o anterior, pois foi necessária uma ação local - nos olhos, outra no ser como um todo, e ainda a imposição das mãos, e após verificação do resultado, administrou outro procedimento, as mãos sobre os olhos.

Por este relato, conclui-se que Jesus utilizou da ação fluídica intencionalmente, com qualidades específicas e de formas variadas. É importante ressaltar que nos procedimentos de tratamento em casas espíritas, nem sempre o médium poderá dispor de conhecimento detalhado sobre o paciente, devendo, portanto, dispor de orientações para procedimento geral para estas situações. Para maiores esclarecimentos sobre este ponto, ver estudo no link: http://ccconti.com/Artigos/OPasse.pdf .

Continua - Parte 2…