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Uma menina da Indonésia que desapareceu durante o tsunami de 2004 voltou para sua família uma década depois, após ser dada como morta por sua mãe. “Deus nos deu um milagre”, disse Jamaliah, mãe de Raudhatul Jannah, que tinha apenas 4 anos na ocasião. Paula Mendlowicz comenta.

  • Data :05/07/2015
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5 de julho de 2015

Menina da Indonésia reencontra família 10 anos após tsunami

Criança tinha 4 anos quando foi levada por ondas do tsunami na Ásia. Tio a viu em vila e avisou sua mãe; ela voltou para casa nesta quarta. Do G1, em São Paulo Uma menina da Indonésia que desapareceu durante o tsunami de 2004 voltou para sua família uma década depois, após ser dada como morta por sua mãe. “Deus nos deu um milagre”, disse Jamaliah, mãe de Raudhatul Jannah, que tinha apenas 4 anos quando o devastador tsunami atingiu o sudeste asiático. Jannah e seu irmão de 7 anos foram arrastados pelas ondas que atingiram sua casa no distrito de West Aceh em 26 de dezembro de 2004. Jamaliah, de 42 anos, e seu marido sobreviveram ao fenômeno, que matou dezenas de milhares de pessoas em Aceh, no oeste da ilha de Sumatra. Ao longo dos anos, eles perderam a esperança de encontrarem algum de seus filhos ainda vivo. Em junho deste ano, um irmão da mulher, viu uma menina em uma vila local que parecia com sua sobrinha desaparecida. Ele fez perguntas na região e descobriu que a menina havia sido encontrada após o tsunami. Um pescador resgatou a criança e a levou para sua mãe, que criou a menina. Após a dica de seu irmão, Jamaliah e seu marido visitaram a menina, que hoje tem 14 anos, e descobriram que era realmente sua filha desaparecida. “Estamos muito felizes”, disse a mulher. “Sou muito grata a deus por nos reunir com nossa filha 10 anos depois. Meu coração bateu muito rápido quando a vi. Eu a abracei e ela me abraçou de volta, se sentiu tão confortável em meus braços.” Jannah voltou para a casa de seus pais nesta quarta-feira (6). Seu irmão, Arif Pratama Rangkuti, também sobreviveu, segundo a menina, mas seu destino é desconhecido. O tsunami matou mais de 170 mil pessoas em Aceh, e dezenas de milhares de pessoas em outros países da região. Notícia publicada no Portal G1 , em 8 de agosto de 2014.

Paula Mendlowicz comenta Dia 26 de dezembro de 2004, em um domingo ensolarado, um abalo sísmico de 9,1 na escala Richter atingiu, além da Indonésia, outros 13 países como Sri Lanka, Índia, Tailândia, Madagascar, Maldivas, Malásia, Mianmar, Seicheles, Somália, Quênia, Tanzânia e Bangladesh. O terremoto desencadeou um tsunami, fazendo com que ondas de até 30 metros avançassem 12 quilômetros no território da província de Aceh, área mais devastada pelo tsunami. No total, 13 países foram afetados, contabilizando 226 mil mortos, 1,8 milhão de desabrigados, 469 mil imóveis danificados ou destruídos e prejuízo de US$ 10,7 bilhões.(1) O fato é que mais de dez anos após o desastre a cidade de Aceh foi totalmente reconstruída e quase não se vê resquícios da tragédia de 2004, a não ser, claro, pelas obras em memória das vítimas, pontos turísticos relacionados ao tsunami e prédios antigos que foram preservados. Muitos sobreviventes contam como conseguiram superar o trauma e seguir adiante com a vida. Dentre muitos, nos deparamos com o caso da menina que reencontrou a família após 10 anos da tragédia. A mãe Jamaliah nos conta que havia perdido as esperanças de reencontrar algum dos filhos vivos. Como Jamaliah, algumas pessoas conseguiram reencontrar familiares após a tragédia, no entanto, essa não foi a sorte de milhares de pessoas. Mas por que Deus permite que uma tragédia dessa magnitude aconteça? Em O Livro dos Espíritos, podemos entender, lendo a questão 737: Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores? “Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos.” Podemos ir mais além com a explicação que nos dá o Espírito Hermínio de Miranda, através da psicografia do médium Divaldo Franco, no livro Transição Planetária: “Estamos no limiar da grande transição, em que o nosso planeta passará da condição de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração. As tragédias naturais, como o tsunami do Oceano Índico, fazem parte desse processo, pois elas têm o objetivo de fazer a humanidade progredir mais depressa, através do expurgo daqueles espíritos calcetas refratários à ordem e à evolução moral e espiritual, que já não podem mais ser retardadas.” Mas então surgem os questionamentos: - Somente as tragédias e o sofrimento nos ajudam na evolução? É claro que não, sempre podemos fazer as mudanças necessárias através do amor e do trabalho no bem, no entanto, espíritos egoístas e orgulhosos que ainda somos, deixamos que o “mal” aconteça. Vejamos a explicação na questão 738 (O Livro dos Espíritos): Para conseguir a melhora da Humanidade, não podia Deus empregar outros meios que não os flagelos destruidores? “Pode e os emprega todos os dias, pois que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém, não se aproveita desses meios. Necessário, portanto, se torna que seja castigado no seu orgulho e que se lhe faça sentir a sua fraqueza.” O pescador que resgatou a menina e a mãe dele que acolheu Raudhatul Jannah como filha agiram com compaixão e amor. Que sigamos esse exemplo, prestando mais atenção àqueles que se encontram à nossa volta e assim tenhamos a coragem de vivenciar o amor nos nossos lares, no trabalho, nas ruas, lembrando sempre da máxima: Fora da caridade não há salvação! Entendendo a Caridade como o estímulo vivo da fraternidade, que ligará homens e nações numa só família, qual imenso rebanho sob o comando de um único Pastor. (Lampadário Espírita, Espírito Joanna de Ângelis, médium Divaldo Franco.) Que possamos refletir nas palavras de Allan Kardec sobre a caridade: “Ficai certos de que será ao redor dela que a Humanidade inteira sentirá necessidade de se unir, quando estiver cansada das lutas engendradas pelo orgulho, pelo ciúme e pela cupidez. Esta máxima, verdadeira âncora de salvação, porque ela será o repouso depois da fadiga, o Espiritismo terá a glória de tê-la proclamado primeiro; inscrevei-a em todos os lugares de reunião e em vossas casas particulares; que ela seja doravante a palavra de união entre todos os homens que querem sinceramente o bem, sem pensamento dissimulado pessoal; mas fazei melhor ainda, gravai-a em vossos corações, e gozareis desde o presente da calma e da serenidade que nela haurirão as gerações futuras, quando ela for a base das relações sociais…” (Revista Espírita, setembro de 1862).

Bibliografia: Livros:

  • Paula Mendlowicz é carioca e formada em ciências biológicas pela UERJ. É espírita e colaboradora do Espiritismo.net.