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Shaun Appleby morreu devido à síndrome da morte súbita de adultos. Ele tinha apenas 18 anos. Segundo a mãe do adolescente, Satish, ele estava acima do peso, era viciado em junk food e passava até 12 horas por dia jogando no computador. Claudio Conti comenta.

  • Data :15/06/2015
  • Categoria :

17 de junho de 2015

‘Obesidade matou meu filho’, lamenta mãe de adolescente

O britânico Shaun Appleby morreu no dia 26 de fevereiro, devido à síndrome da morte súbita de adultos. O detalhe é que Shaun tinha apenas 18 anos. Segundo a mãe do adolescente, Satish, ele estava acima do peso, era viciado em junk food e passava até 12 horas por dia jogando no computador. Os médicos disseram a Satish que a obesidade de Shaun foi um dos fatores que contribuíram para sua morte. “Fui acordá-lo (no quarto dele) e ele estava frio, morto”, disse Satish em entrevista à BBC. “Ele estava com excesso de peso, não (estava) obeso, na minha opinião. Ele estava com 92 quilos, um metro e 87 centímetros. Mas o médico disse que o dano já tinha sido feito quando ele estava com 14, 15 anos.” Segundo a mãe de Shaun, o filho tinha até emagrecido um pouco antes de morrer: mais de doze quilos. Satish afirma que fez parte da vida do filho apenas nos últimos quatro anos, antes ele morava com o pai. “Shaun era a minha vida nos últimos quatro anos: nós trabalhávamos juntos, ele ia nadar uma vez por semana e este era o único exercício que ele fazia.” “Ele ficou muito animado com computadores (e o jogo) Minecraft, ele tinha amigos australianos e americanos”, acrescentou. O problema, para a mãe do jovem, é que esta era a única vida que Shaun tinha: comer demais e ficar trancado no quarto, no computador. Quando ele começou a fazer mudanças, sua saúde mudou. “Quando a vida dele começou a mudar, ele perdeu peso, ia encontrar uma namorada, fazia a barba. Foi neste momento em que ele morreu e isso foi muito chocante para mim”, afirmou Satish.

Controle Para a mãe do jovem, a morte de Shaun poderia ter sido evitada. “Se ele tivesse sido controlado quando era mais jovem, ele não teria morrido”, afirmou. Satish afirmou que deveria ter mandado o filho para um acampamento especializado, com treinamento pesado e disciplina, quando ele ainda tinha dez anos, mas ela afirma que ainda “não fazia parte da vida dele, ele vivia com o pai”. Quando eles finalmente começaram a viver juntos, a relação teve um começo “difícil”. “Ele era um pouco violento comigo, me empurrava”, admitiu Satish. Até que eles chegaram a um acordo: como Satish era fumante, o filho propôs que ela parasse de fumar e então ele pararia de comer junk food. Ela conseguiu parar de fumar, mas o filho não conseguiu desistir do próprio vício, apesar da mudança de atitude da mãe. “Eu controlava (o consumo de) junk food. Fiquei muito mais severa, eu racionava a comida dele”, afirmou. Satish disse que é preciso haver o controle da alimentação dos filhos desde muito cedo e também é preciso prestar atenção aos problemas dos filhos. “Ele sofria bullying na escola, ele se escondia atrás do computador”, afirmou. A mãe do adolescente ainda está muito abalada com a morte de Shaun. “Não quero que meu pior inimigo passe pelo que passei, eu só queria acordá-lo quando ele já estava morto e frio. Até agora eu tremo quando lembro”, disse Satish. Notícia publicada na BBC Brasil , em 10 de maio de 2015.

Claudio Conti comenta* Obesidade e sedentarismo já se tornaram dois grandes males da atualidade. Em decorrência, é imperioso cada indivíduo se questionar sobre os motivos e situações que deterioram sua saúde de forma geral. Nesta análise, tentaremos abordar alguns fatores que prejudicam a qualidade de vida sob o ponto de vista de um leigo, mas tentando utilizar a razão para nortear algumas decisões que podem elevar a qualidade de vida. As últimas gerações cresceram sob a “magia” do “fast food”, tudo é apresentado como sendo muito prático e saboroso, com comerciais de dar “água na boca”, algo muito similar aos comerciais de cigarro e bebidas, quando ainda permitido. Percebe-se, assim, um padrão de comportamento em que os comerciais ditam regras de conduta e a população, sem o questionamento adequado, vai sendo conduzida pelos interesses. Assim como o cigarro e a bebida, o consumo exagerado do “fast food” começou a “cobrar a conta” sob as mais diversas formas, tais como a obesidade e a diabetes, dentre outros. Vemos comerciais de refrigerantes apresentando uma aparente preocupação ambiental ou com os consumidores, todavia, se essa preocupação fosse real, a indústria deveria banir completamente a produção de refrigerantes e voltar para outro produto, algo saudável ou, no mínimo, não prejudicial. A quantidade de açúcar utilizado nos refrigerantes e em sucos industrializados é algo absurdo, sendo responsável por grandes males. Infelizmente as crianças são induzidas ao consumo deste tipo de bebidas desde muito cedo. É necessário que o consumidor busque produtos sem adição de açúcar. O sedentarismo, por sua vez, pode ser tanto causa como consequência da obesidade. Podemos, então, para fins deste texto, tratar os dois, obesidade e sedentarismo, como um par que andam juntos. O indivíduo ativo perceberá quando o corpo se ressente de determinados hábitos alimentares, pois maus hábitos alimentares geram uma lassidão do corpo. Caso esse círculo vicioso se mantenha por tempo prolongado, graves danos são causados, tanto no corpo quanto na mente, ficando cada vez mais difícil de escapar. Quando se está tão atarefado com as questões do dia-a-dia, sobrecarregado de afazeres dos mais diversos, que não se tem tempo para o preparo de alimentos saudáveis e para a prática de uma atividade física qualquer, eventualmente o corpo entrará em colapso, seja na forma de enfermidades graves ou da desencarnação, que poderá ser decorrente de suicídio indireto. Na condição de espíritos encarnados, precisamos cuidar do corpo adequadamente, dedicando cuidados suficientes e adequados para que o organismo possa funcionar satisfatoriamente em conformidade com as necessidades reencarnatórias previstas na programação para a encarnação. Nos estados de saúde ou de enfermidade, como aprendizado, os cuidados com a saúde física e mental propiciarão maior aproveitamento para o período na crosta e, com isso, melhor condição no período de erraticidade. Precisamos ter em mente o ensinamento de Jesus que diz que não se pode servir a Deus e a Mamon; isto significa que, mesmo durante a vilegiatura terrena, nos cuidados com o corpo e atividades profissionais ou de lazer, o nosso comportamento deve estar em acordo com as necessidades evolutivas do espírito, agindo conforme a moral ensinada por Jesus e tão bem apresentada e explicada pelo Espiritismo.

  • Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com .