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Viver, morrer e apodrecer. Esse é o curso natural para a maioria dos seres humanos - mas não pra todos. Ao longo da história da humanidade, alguns corpos se recusaram a se decompor. E passaram a ser santificados e/ou reverenciadas. Jorge Hessen comenta.

  • Data :05 Jun, 2015
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5 de junho de 2015

5 cadáveres humanos que se recusam a entrar em decomposição

Uma lista interessante - porém bizarra POR FERNANDO BUMBEERS (COM EDIÇÃO DE LUCIANA GALASTRI) Viver, morrer e apodrecer. Esse é o curso natural para a maioria dos seres humanos - mas não pra todos. Ao longo da história da humanidade, alguns corpos se recusaram a se decompor. E estes cadáveres passaram a ser santificados e/ou reverenciadas. Como a ciência explica esses “milagres”? Ainda não há estudos que provem qualquer coisa. E vale lembrar que as técnicas modernas de embalsamamento surgiram no período da Guerra Civil Americana e, portanto, não estavam disponíveis antes da década de 1860.

1. Santa Zita Santa Zita foi uma empregada doméstica espanhola. Morreu em 1272, aos 60 anos. Mais de 300 anos depois, seu corpo foi exumado e adivinhem: nenhum sinal de decomposição. O cadáver secou e ficou praticamente mumificado. Hoje, ela está exposta na Basílica de San Frediano, em Lucca, na Itália.

2. Dashi-Dorzho Itigilov Dashi-Dorzho Itigilov era um lama budista russo. Em 1927, ainda vivo, Itigilov pediu para seus companheiros lamas começarem seus ritos funerários. Sentado na posição de lótus, ele morreu durante a meditação. Em seu testamento, ele pediu especificamente para ser enterrado exatamente como ele havia morrido. Curiosamente, ele também pediu que seu corpo fosse exumado após alguns anos. A partir de 2002, o corpo de Itigilov foi descrito como “na condição de alguém que tinha morrido 36 horas atrás”.

3. La Doncella Cerca de 500 anos atrás, uma garota inca de 15 anos de idade foi levada até as íngremes montanhas argentinas. Um forte golpe na cabeça a matou e ela foi mantida sentada com suas roupas e objetos cerimoniais como um sacrifício religioso. As baixas temperaturas e o ar quase rarefeito dos Andes preservaram o estado do seu corpo durante séculos, até sua descoberta em 1999. Não se sabe o nome da mocinha, mas ela é conhecida como La Doncella (A Donzela, em tradução livre).

4. Lady Xin Zhui Lady Xin Zhui era a esposa de um nobre chinês durante a dinastia Han, há mais de 2000 anos. Ela viveu uma vida extravagante para o tempo e lugar, comia muita carne e não precisava trabalhar. Todo esse luxo resultou em uma morte de ataque cardíaco por conta da obesidade mórbida. Quando seu corpo foi descoberto, em 1971, sua pele ainda era suave e suas articulações flexíveis. Não existem motivos para o cadáver de Lady Zhui estar em tão boas condições, afinal não há sinal algum de embalsamento.

5. Santa Catarina Labouré Santa Catarina Labouré relatou uma visita da Virgem Maria na França, em 1830. Seus contos rapidamente se espalharam por toda Europa e ela passou a ser venerada por católicos de todo mundo. Ela morreu em 1876, e ficou enterrada até 1933, quando seu corpo foi exumado, como parte de sua beatificação oficial. Um exame concluiu que “o corpo está em perfeito estado de conservação, e suas articulações ainda são flexíveis”. O corpo de Santa Catarina Labouré está exposto em Paris. Via Mental Floss Matéria publicada na Revista Galileu , em 27 de abril de 2015.

Jorge Hessen comenta* Quando o corpo físico morre, decompõe-se mormente em face da umidade, da temperatura e a presença de microrganismos. O processo costuma ser sempre o mesmo: primeiro, ocorre a autólise, quando as células param de se oxigenar e o sangue é invadido por dióxido de carbono. O pH diminui e dejetos acumulados envenenam e destroem as células. Depois, enzimas “quebram” essas células, provocando a necrose fazendo o corpo “apodrecer” de dentro para fora. Esse é o curso natural para a maioria dos corpos físicos, no entanto há muitas exceções, pois existem cadáveres que não se decompõem totalmente. E quando ocorre tal fenômeno os cadáveres são absurdamente santificados e/ou reverenciados. Há relatos de corpos que não “apodreceram” e são encontrados intactos durante as exumações (após os períodos naturais de sepultamento) e tais relatos são frequentes o suficiente para não poderem ser classificados como casos atípicos. Não obstante, os princípios que governam o “apodrecimento” dos corpos serem complexos e não compreendidos em seu conjunto, seguramente no futuro a ciência esclarecerá os enigmas da corrupção e incorrupção.(1) Para certas crenças, a incorruptibilidade é um “milagre” não resultante de embalsamento, nem mumificação. Superstições à parte, em verdade os corpos embalsamados e mumificados apresentam características facilmente reconhecíveis pela ciência. Quanto aos cadáveres incorruptos urge desvendarmos as mais profundas funções do magnetismo, e especialmente abarcarmos as performances do fluido vital nas estruturas orgânicas. As mumificações ou preservações de corpos também ocorrem por processos naturais, não apenas com humanos, mas também com as mais variadas formas de vida - de microrganismos ou plantas unicelulares até mamutes ou mesmo árvores inteiras - como demonstram a miríade de fósseis de tecidos moles já encontrados e catalogados. Cerca de 500 anos atrás, uma mocinha inca de 15 anos de idade foi levada até as íngremes montanhas argentinas e assassinada num sacrifício religioso com forte golpe na cabeça, sendo deixada sentada com suas roupas e objetos cerimoniais. As baixas temperaturas e o ar quase rarefeito dos Andes preservaram o estado do seu corpo durante séculos, até sua descoberta em 1999. Eis aí um caso natural de preservação do corpo. Por outro lado, há casos não menos curiosos como o de Rosália Lombardo, uma menina italiana que morreu 87 anos atrás, com apenas 2 anos de idade. O seu corpo permanece intacto com o rosto delicado dentro de um caixão coberto com um suporte de mármore nas “Catacumbas dos Capuchinhos de Palermo”.(2) Porém, Rosália foi embalsamada pelo Dr. Alfredo Solafia, que usou um processo secreto nunca divulgado antes de sua morte. Sabemos que a mumificação de cadáveres não é uma novidade, até porque os antigos egípcios empregaram técnicas (ainda desconhecidas) para preservação de defuntos. Descreve o Espírito Emmanuel que os antigos papiros nos discorrem sobre as avançadas ciências “ocultas” nesse sentido e, através dessas fontes, podem os egiptólogos modernos reconhecer que os iniciados [egípcios] sabiam da existência do corpo espiritual preexistente [períspirito], que organiza o mundo das coisas e das formas. “Seus conhecimentos a respeito das energias solares com relação ao magnetismo humano eram muito superiores aos da atualidade. Desses conhecimentos nasceram os processos de mumificação dos corpos, cujas fórmulas se perderam na indiferença e na inquietação dos outros povos.(3) Para o mentor de Chico Xavier, os faraós eram iniciados e detinham muitos poderes “espirituais” e muitas informações ocultas das ciência secretas. “É por isso que a sua desencarnação provocava a concentração mágica de todas as vontades, no sentido de cercar-lhes o túmulo de veneração e de supremo respeito. Esse amor não se traduzia apenas nos atos solenes da mumificação - também o ambiente dos túmulos era saturado por um estranho magnetismo(4) e nessas saturações magnéticas, que ainda aí estão a desafiar milênios, residem as razões da tragédia amarga de Lord Carnarvon, o patrocinador das escavações que descobriram a tumba secreta do faraó Tutankhamon e um dos homens que lá entraram. Sua morte, ocasionada por uma infecção após ser picado por um inseto foi atribuída à maldição contra os que incomodam “o sono de um faraó”, a exemplo de outras tragédias ocorridas com os que participaram daquela excursão.

Referências bibliográficas: (1) Incorruptibilidade é a crença de que a intervenção sobrenatural (de Deus) permite que alguns corpos humanos não passem pelo processo normal de decomposição após a morte. No Catolicismo Romano, se um corpo permanece incorrupto após a morte, isso significa, geralmente, que a pessoa é um ‘santo’ ou uma ‘santa’, embora não se espere que todos os santos e santas tenham o corpo incorrupto; (2) Uma espécie de museu de múmias; (3) Xavier, Francisco Cândido. A Caminho da Luz, O Egito, ditado pelo espírito Emmanuel, RJ: Ed. FEB 1999; (4) Idem.

  • Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.