Carregando...

  • Início
  • Mundo será mais pacífico no futuro

Análises estatísticas mostram que o mundo terá um futuro mais pacífico. Em cerca de 40 anos, apenas metade dos países envolvidos em conflito hoje continuarão em guerra. Em 2050, apenas um país em cada 12 estará envolvido em um conflito armado. Cristiano Carvalho Assis comenta.

  • Data :24/08/2013
  • Categoria :

24 de agosto de 2013

Mundo será mais pacífico no futuro

Redação do Diário da Saúde

Fim das guerras?

Análises estatísticas mostram que o mundo terá um futuro mais pacífico.

Em cerca de 40 anos, apenas metade dos países envolvidos em conflito hoje continuarão em guerra.

Em 1992, quase um quarto de todos os países estava envolvido em um conflito armado.

Em 2009, essa proporção havia caído para um país em cada seis.

Em 2050, apenas um país em cada 12 estará envolvido em um conflito armado.

Simulações da paz

Estas são as conclusões obtidas por meio de simulações de conflitos obtidas pelo Professor Havard Hegre, da Universidade de Oslo, Noruega.

O estudo foi realizado em cooperação com o Instituto de Pesquisa para a Paz de Oslo (PRIO).

“O número de conflitos está caindo. Esperamos que essa queda continue. Nós prevemos uma queda constante no número de conflitos nos próximos 40 anos. Conflitos que envolvem um alto grau de violência, como na Síria, estão se tornando cada vez mais raros,” diz Hegre.

Morte das guerras

Nos próximos 5 anos o risco de conflito será o maior na Índia, Etiópia, Filipinas, Uganda e Burma. Em 40 anos o risco será maior na Índia, Nigéria, Sudão, Etiópia e Tanzânia.

Os países nos quais o risco de conflito cairá mais afundar nos próximos 40 anos são Argélia, Colômbia, Turquia e Tailândia. O nível de conflito vai aumentar em países como Tanzânia, Moçambique, Malawi e China.

As simulações também mostram que os conflitos em curso em 2011 provavelmente terão terminado nos próximos 5 anos. É o caso dos conflitos na Líbia, Tajiquistão, Síria, Senegal, Costa do Marfim, Mauritânia e Iraque.

Além da diminuição no número de conflitos armados, caiu também o número de pessoas mortas em guerras desde a Segunda Guerra Mundial.

Esta tendência vai continuar.

“A guerra se tornou menos aceitável, assim como o duelo, a tortura e a pena de morte,” diz o pesquisador.

É caro matar pessoas

O estudo mostra que a combinação de melhor educação, baixa mortalidade infantil, porcentagem menor de jovens e menor crescimento populacional são algumas das razões pelas quais o mundo pode esperar um futuro mais pacífico.

“As mudanças econômicas na sociedade resultaram em um aumento na importância da educação e do capital humano. Uma economia complexa torna a violência política menos atraente. Tornou-se muito caro matar pessoas.

“A sociedade moderna é dependente do desenvolvimento econômico. É muito caro usar a violência para destruir esta rede. Também se tornou mais difícil tomar capital financeiro pela força. Hoje é fácil movimentar o capital através das fronteiras nacionais. Portanto, um líder cínico será menos propenso a escolher a violência como estratégia,” disse o pesquisador.

Notícia publicada no Diário da Saúde , em 27 de novembro de 2012.

Cristiano Carvalho Assis comenta*

Há quem fique surpreendido com uma notícia desta natureza, pois o que vemos pelo mundo é violência, crime e desequilíbrio de todos os tipos. Há quem diga que antes era melhor e no século passado havia menos violência ou guerras. Até Kardec supunha isso quando perguntou na questão 784 de O Livro dos Espíritos : “Bastante grande é a perversidade do homem. Não parece que, pelo menos do ponto de vista moral, ele, em vez de avançar, caminha aos recuos?” Responderam os Espíritos: “Enganas-te. Observa bem o conjunto e verás que o homem se adianta, pois que melhor compreende o que é mal, e vai dia a dia reprimindo os abusos.”

A reportagem em questão demonstra este conjunto. Não estamos necessariamente mais violentos ou maus, mas sim concentrados nos desequilíbrios humanos. Se em uma população como a do Rio de Janeiro, que possui mais de 6 milhões de habitantes, houver 100 crimes durante 1 dia, se concentrarmos nossa atenção sobre todos e dermos completa divulgação, ficaremos saturados de fatalidade, acreditando ser a regra da sociedade atual. Isso ocorre porque é a notícia que mais vende, por alimentar um desejo primitivo das pessoas, a tragédia. Prova disso que sabemos em detalhes os últimos crimes, revoltas ou guerras que ocorreram em nosso bairro, cidade e no nosso ou em outro país. No entanto, não tomamos conhecimento das atividades sociais de nosso bairro, de nosso Centro Espírita ou não temos a menor noção de instituições de caridade de âmbito nacional ou internacional.

Mas a realidade é que o mal pelo mal, onde a pessoa tem prazer e intenção da maldade, já não é maioria na humanidade. Não somos ingênuos em considerar que não existe, mas necessitamos ter a capacidade de ver a bondade e as atitudes generosas das pessoas que estão ao nosso redor. Devido a bondade ser tímida e humilde, os seus feitos ficam escondidos aos nossos olhos, caso não tenhamos a empatia de buscar vê-los.

Notem que a maioria que conhecemos não são necessariamente maus, são parecidos conosco. Buscam ser felizes, mas se equivocam no controle de suas emoções, nos erros das escolhas de seus caminhos e têm inclinações e tendências para alguns desequilíbrios. A maldade de nosso século se chama indiferença, conforme nos diz Lázaro, em O Evangelho Segundo o Espiritismo : “Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vício é a indiferença moral.”

Estamos tão centralizados em conquistar nosso conforto, dinheiro e bem estar que deixamos qualquer ideal de vida mais espiritualizada ou do bem da coletividade de lado. E, por isso, vamos deixando grandes espaços vazios de grande importância para nossas vidas (política, meios de comunicação, educação, saúde, etc)  para serem preenchidos por um grupo de pessoas sem nenhum senso de amor, justiça ou ética, que estimulam desequilíbrios e guerras. Mas o grau de espiritualidade, de senso moral e de consciência das pessoas e das sociedades, em geral, estão vagarosamente melhorando.

Mas a lei do progresso é uma Lei Natural e ninguém pode conter, mesmo que assim desejasse, conforme observamos em O Livro dos Espíritos , questão 781a: “Que se deve pensar dos que tentam deter a marcha do progresso e fazer que a Humanidade retrograde?” Resposta: “Pobres seres, que Deus castigará! Serão levados de roldão pela torrente que procuram deter.” Sendo o progresso uma condição da natureza humana, não está no poder do homem opor-se-lhe. É uma força viva, cuja ação pode ser retardada, porém não anulada, por leis humanas más.

O progresso ocorrerá sempre, mesmo que não tenhamos olhos de ver. Funcionamos como formigas sendo guiadas, sem que percebamos, por mãos humanas, para chegarmos a um ponto determinado. Devido a formiga (nós) ter visão limitada e a pessoa (Deus) ser muito maior do que se possa ver, ela acredita que está caminhando sem rumo e por conta própria. Mas saibamos que “o homem quase nunca percebe senão a desordem e a confusão momentâneas que o ferem nos seus interesses materiais. Aquele, porém, que eleva o pensamento acima da sua própria personalidade, admira os desígnios da Providência, que do mal faz sair o bem”.

  • Cristiano Carvalho Assis é formado em Odontologia. Nasceu em Brasília/DF e reside atualmente em São Luís/MA. Na área espírita, é trabalhador do Centro Espírita Maranhense e colaborador do Serviço de Atendimento Fraterno do Espiritismo.net.