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Jovens que jogam games violentos apresentam mudanças na região cerebral que está associada à função cognitiva e ao controle emocional, segundo estudo apresentado no encontro anual da Sociedade Radiológica da América do Norte. Reinaldo Monteiro Macedo comenta.

  • Data :16 Jan, 2012
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Jogos violentos alteram a função cerebral em jovens

Segundo estudo, as regiões afetadas do cérebro são importantes para controlar a emoção e comportamento agressivo

Jovens que jogam games violentos apresentam mudanças na região cerebral que está associada à função cognitiva e ao controle emocional. É o que sugerem os resultados de um estudo apresentado no encontro anual da Sociedade Radiológica da América do Norte.

Os pesquisadores da faculdade de medicina da Universidade de Indiana, autores da pesquisa, estudaram a violência nos meios de comunicação e o impacto disso na vida dos jovens por mais de uma década. Esta, porém, é a primeira vez que eles realizaram um estudo experimental que mostrou uma relação direta entre jogar games violentos durante um período e a mudança em regiões cerebrais.

Para o estudo, foram acompanhados 28 homens, com idades entre 18 e 29 anos, com um passado de exposição a jogos violentos. Os voluntários foram divididos aleatoriamente em dois grupos de 14 pessoas. Os membros do primeiro grupo foram instruídos a jogar um game de tiro por 10 horas ao dia durante uma semana. Depois, eles eram impedidos de jogar na semana seguinte. O segundo grupo não jogou nenhum game durante as duas semanas de duração do estudo.

Cada um dos voluntários foi submetido a uma ressonância magnética no começo do estudo, outra na primeira semana e mais uma no final da segunda semana. Além disso, os participantes também fizeram testes que mediam a habilidade cognitiva e emocional.

Os resultados mostraram que os voluntários do primeiro grupo, que jogaram durante uma semana, tiveram menor atividade em duas regiões do cérebro ligadas à parte cognitiva e emocional, ao serem comparados com o grupo controle. “Essas descobertas indicam que o jogo violento de vídeogame pode provocar um efeito a longo prazo no funcionamento do cérebro”, afirmou Yang Wang, do departamento de radiologia da Universidade de Indiana. “Esses efeitos podem traduzir-se em mudanças de comportamento durante longos períodos de jogo. As regiões afetadas do cérebro são importantes para controlar a emoção e comportamento agressivo”, disse.

Matéria publicada na Revista Veja , em 2 de dezembro de 2011.

Reinaldo Monteiro Macedo comenta*

É crescente o interesse, na sociedade moderna, por alternativas no âmbito do lazer, para as quais os avanços tecnológicos têm contribuído fortemente, devido a evolução no contexto virtual.

Paralelamente, vinculado a isso, com o crescimento da insegurança social, de uma forma geral (inclusive a violência nas ruas), muitos pais passaram a optar, e passaram a preferir (e a permitir), e incentivar outros meios de diversão para os seus filhos, financiando em atividades de lazer que lhes permitam manter os filhos em casa, como forma de controle e proteção.

Dessa realidade, a televisão, os filmes e o videogame aparecem como “babás eletrônicas”, características da era pós-moderna.

Entretanto, muitas questões surgem inquietando, uma vez que não existe, de forma precisa, ainda, a geração de consequências dessa influência aos que praticam esses jogos violentos, sobremaneira durante a fase da infância.

Essa agressividade pode atuar de forma subliminar nas mentes em formação, devido ao fato de que muitos dos programas, filmes e jogos eletrônicos disponíveis contêm violência exacerbada, com alto nível de brutalidade, o que pode estimular fortemente a geração de condutas agressivas.

Muitas pesquisas têm sido realizadas, há mais de 20 anos, tentando mensurar esse problema (o que talvez poderia até viabilizar o estabelecimento de padrões de controle para a criação de atividades virtuais menos impactantes e nocivas para a formação dos jovens praticantes desses jogos), tais como as de Silvern e Williamson, em 1987, Graybill, em 1985, Anderson e Ford, em 1986, Cooper e Mackie, em 1986, Berkowtiz, em 1984, e muitas outras.

O tema é polêmico, tanto na literatura deste assunto como os próprios sujeitos que foram alvo das pesquisas.

De qualquer forma, somos da opinião que é importantíssimo o engajamento geral, que todas as instituições, como a família, a escola, a mídia etc, fomentem as discussões que abordem este e outros assuntos considerados como correlatos, objetivando atingir em todos o maior grau de conscientização possível em relação aos benefícios e malefícios da exposição aos jogos de videogame.

Focando sob a ótica espírita, que preza a Ciência, a Filosofia e a Religião, e se aplicarmos os ensinamentos éticos e morais contidos no Evangelho de Jesus, evitaremos atingir impasses dessa ordem na vida em sociedade, por praticarmos mais o Amor… estendendo-o por toda a Terra.

Que a espiritualidade superior continue - e temos certeza que sempre está - nos auxiliando nas buscas por respostas para a vida em comum e merecermos assim uma vida mais feliz.

  • Reinaldo Monteiro Macedo é aposentado, administrador e analista de sistemas de formação, expositor de estudos e colaborador do Centro Espírita Nair Montez de Castro no Rio de Janeiro/RJ e de algumas outras Casas.