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  • Administrar Com Jesus. Reflexões organizacionais (Parte 4)

ATENÇÃO COM AS PESSOAS E RELACIONAMENTOS As pessoas são a essência das organizações. São elas que criam a dinâmica realizadora das funções institucionais. O mais importante exercício de um administrador é lidar com as pessoas e seus relacionamentos. Neste particular, Jesus também se mostrou como modelo de administração. Ao contrário do esperado, o Mestre Nazareno não empreendeu difíceis testes de seleção para a composição de seu quadro de colaboradores. Soube aproveitar os corações dedicados, com seus problemas e dificuldades, na elaboração de um trabalho cujo resultado é construído dentro dos próprios corações.

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Continuação da Parte 3

ATENÇÃO COM AS PESSOAS E RELACIONAMENTOS

As pessoas são a essência das organizações. São elas que criam a dinâmica realizadora das funções institucionais. O mais importante exercício de um administrador é lidar com as pessoas e seus relacionamentos. Neste particular, Jesus também se mostrou como modelo de administração. Ao contrário do esperado, o Mestre Nazareno não empreendeu difíceis testes de seleção para a composição de seu quadro de colaboradores. Soube aproveitar os corações dedicados, com seus problemas e dificuldades, na elaboração de um trabalho cujo resultado é construído dentro dos próprios corações.

As vezes temos muita pressa em obter resultados. Nossos esforços administrativos olvidam que Deus criou o Universo e tem aguardado laboriosamente que cada alma aprenda as lições de Suas Leis para a vivência necessária que transformará a vida de cada um.

Aprender a respeitar o tempo de cada alma é uma lição muito valorosa e de difícil compreensão ante as urgências estabelecidas por nós mesmos. Contudo, necessário não confundir o respeito ao tempo dos outros com a inadequada complacência com a deseducação alheia.

Ter atenção com as pessoas implica esforço por conhece-las. Pelo conhecimento descobrem-se os verdadeiros potenciais de cada um. Todos possuem algo de bom a oferecer, e o papel da administração é empregar, adequadamente, esse potencial de realização em benefício da missão institucional. Natural tentar conhecer as fraquezas das pessoas, mas pouco aproveitamos das fraquezas delas no cumprimento da missão institucional, exceto na gestão de risco, por isso devemos enfatizar as suas fortalezas, os seus potenciais de contribuição. Para tanto é preciso aprender a ouvir e conhecer as pessoas. Buscar pessoas perfeitas resume um bom programa de fracasso. Almas em evolução, temos aspectos positivos – que necessitamos aprimorar, e negativos – que necessitamos corrigir. Buscar os aspectos negativos dos outros somente convém quando pretende-se oferecer elementos de melhoria. Por isso necessitamos aprimorar a administração das habilidades positivas dos que trabalham conosco.

Na Casa Espírita devemos reconhecer cada pessoa como um Espírito em processo educativo perante as Leis Divinas. Se compreendemos a dimensão espiritual de cada um, entenderemos que as oportunidades de convivência e trabalho são mais do que esforços voluntários de doar, são igualmente oportunidades de aprender. A administração deve buscar transformar as oportunidades do trabalho organizacional em valores de aprendizado. Na instituição espírita estas oportunidades de educação pelo trabalho deverão se dirigir para as conquistas do Espírito, transformando-se em elementos de aprendizado e serviço em benefício de todos. Conhecimento, pensamento equilibrado, sentimento nobre e ação benfazeja são lições imorredouras erem aprendidas ao longo das oportunidades de trabalho na Casa Espirita. Contudo, para que tal ocorra, é necessário que a administração da instituição ofereça espaços de convivência e aprendizagem através do trabalho que de desenvolve. Aqui a regra é simples: Benevolência para com todos, indulgência para com as faltas alheias, perdão das ofensas .

Cada espírito envolvido na ação da atividade espirita – seja encarnado ou seja desencarnado – é um cidadão do universo em processo de aprendizado das leis que regem a vida. É importante compreender os relacionamentos interpessoais como oportunidades de troca de impressões sobre as lições que a vida nos traz. Na aplicação de conhecimentos no trabalho redentor fortalecemos o aprendizado pela aplicação da matérias que já dominamos no currículo da vida. Naturalmente apresentaremos nossas dificuldades naquelas que ainda não assimilamos…. É aqui que os relacionamentos podem na auxiliar. Através da permuta de experiências as competências do trabalho se traduzem em cooperação em favor da missão institucional. A organização espírita aparece assim como um arranjo de relações entre pessoas e oportunidades, entre Espíritos e recursos oferecerem as necessárias condições de educação perante as Leis Imortais da Vida.

Cuidar dos relacionamentos é criar o ambiente necessário para que o amor se estruture. Tal estrutura manifesta-se como forma de aprendizado para as almas envolvidas na ação espírita para a formação de uma nova mentalidade cristã – uma que se expresse na prática da justiça, do amor e da caridade como supremos valores da vida. Jesus soube sintetizar o cuidado com os relacionamentos em uma expressão simples e significativa: Que vos ameis uns aos outros como eu vos tenho amado! Boa parte do esforço que desempenhamos na casa espírita é uma busca quanto ao significado deste amar a nós mesmos e àqueles de quem nos fazemos próximos.

Um aspecto importante no capítulo dos relacionamentos interpessoais é a existência das crises de relacionamento.

Relações interpessoais baseiam-se na confiança, no respeito e atenção mútuos. Não há colaboração efetiva se não estão presentes tais fatores. Mas é preciso reconhecer que existem crises nos relacionamentos interpessoais. Alguém que trai a confiança, que desrespeita ou negligencia a atenção traz consequentemente causas de instabilidade para o trabalho cooperativo. Como agir em tais situações?

O primeiro e mais importante fator de superação das crises nos relacionamentos interpessoais é o diálogo. Importa lembrar que o fundamento do diálogo está na capacidade de falar e de ouvir para buscar o entendimento mútuo. É preciso falar com clareza e ser escutado. É preciso ouvir com clareza e escutar (ouvir e entender o que foi dito). Na maioria das vezes o diálogo mostra-se instrumento de resolução efetivo para os conflitos na instituição. Entretanto, necessário reconhecer que existem momento em que o diálogo não se realiza por interesses diversos entre as partes. Nestes casos deverá sempre prevalecer o interesse maior da instituição: sua missão, seus valores e objetivos estratégicos. São eles quem salvaguardam a organização contra os eventuais conflitos de interesse de seus participantes.

continua parte 5